quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Consumo, logo existo ?

Fonte: www.gazetadopovo.com.br
Escassez de recursos naturais e movimentos pontuais que propagam uma vida mais sustentável são alguns sinais de que o modelo de compras como conhecemos deve ser repensado
Sábado, 17 de novembro, feriado prolongado da Pro­clamação da República: 1 milhão de pessoas passaram por uma das ruas que é símbolo do comércio no Brasil, a 25 de Março, em São Paulo. Ontem, dia da tradicional Black Friday nos Estados Unidos, não teve crise econômica que tirasse a vontade dos consumidores de comprar, e houve até quem dormisse em filas. Por aqui, o furor não foi tão diferente, mesmo com preços um tanto maquiados: a importação da tradição americana deixou lojas cheias em plena madrugada. Em suma: é o mundo organizado em torno do consumo.
Depois da “farra” proposta na sexta-feira de descontos, e de muita gente ter “enfiado o pé na jaca” nas lojas, é quase uma ironia que justamente hoje seja celebrado o Dia sem Compras, conhecido internacionalmente como Buy Nothing Day (BND). Criada pela organização canadense Adbusters, a data mobiliza a refletir sobre os impactos negativos, positivos, sociais e ambientais do consumo no contexto atual, em que comprar virou um estilo de vida.
Parcelar em 10 vezes no cartão de crédito e comprar uma coisinha aqui e outra ali regularmente soa quase inofensivo para alguns. No entanto, há sinais de que o consumo desenfreado está com os dias contados, tanto na teoria quanto na prática. Há estudiosos que afirmam que o mundo pode entrar em colapso por conta desta avidez, já que os recursos naturais disponíveis não acompanham esse giro. No dia a dia, é visível o crescimento nas grandes cidades de grupos que trocaram o carro pela bicicleta para se locomover, que produzem algum alimento, mesmo que pouco, dentro das próprias casas, e que se preocupam com o descarte correto do lixo.
Além disso, há o esforço em prol do dinheiro: para ganhar mais, são necessárias mais horas de trabalho ou acúmulo de atividades. O resultado disso é menos tempo com a família, estresse e relações afetivas abaladas. Supridas as necessidades essenciais de forma adequada, o que vem a mais não proporciona tanta satisfação assim, diz o instituto norte-americano Marist Institute for Public-Opinion. Segundo a instituição, quem ganha uma média de R$ 10 mil mensais é mais feliz e satisfeito do que pessoas com rendimento maior ou menor do que este valor, justamente por conta da dedicação que “fazer dinheiro” requer
.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Professor aponta castração e guarda responsável como principal política de controle populacional de animais


Vida e Cidadania

Quarta-feira, 28/11/2012
Gladson Angeli/Gazeta do Povo
Gladson Angeli/Gazeta do Povo / Chat sobre políticas de controle de animais de ruaChat sobre políticas de controle de animais de ru
O professor e médico veterinário José Ademar Villanova Junior, da PUCPR, especialista em bioética, conversou com os leitores da Gazeta do Povo sobre políticas voltadas a cães e gatos de rua
5
26/11/2012 | 10:46 | ELLEN MIECOANSKIatualizado em 27/11/2012 às 17:21
Para o professor e médico veterinário José Ademar Villanova Júnior, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a castração aliada a campanhas de conscientização sobre a guarda responsável de animais é a melhor solução para a situação de cães e gatos de rua. A eutanásia, segundo ele, deve ser aplicada em casos específicos e não serve para o controle populacional.
O professor é também especialista em bioética e participou na tarde desta terça-feira (27) de um debate on-line em que respondeu perguntas dos leitores e da redação sobre políticas de controle da população de animais de rua. A necessidade de se fazer esse controle, segundo Villanova Júnior, se deve a dois principais riscos: o de transmissão de doenças aos seres humanos e de acidentes de trânsito envolvendo os bichos. “Eles podem sofrer muito com isso, geralmente acabam em amputação, fratura de coluna. Isso quando sobrevivem. Então o controle é necessário para evitar esses problemas.”
Gilberto Abelha / Agência de Notícias Gazeta do Povo
 Gilberto Abelha / Agência de Notícias Gazeta do Povo / Ampliar imagem
E não apenas os cães e gatos sem donos são um problema para o poder público. Os semidomiciliados, que possuem um dono e lugar para dormir e se alimentar, mas que passam grande parte do dia nas ruas, formam o maior número de atendimentos nos hospitais veterinários por fraturas, além de oferecerem perigo a vizinhos e pedestres. Tanto para esses casos quanto para o abandono de animais, o médico veterinário afirma que as ações devem se concentrar na guarda responsável. “É instruir as pessoas de que são elas que respondem pelo seu animal dentro e fora de casa, pelo cuidados alimentares, abrigo, saúde e pelo que esse cão ou gato vierem a fazer na rua”, diz.
Já a eutanásia, segundo o professor, não é a melhor solução ou prática a ser adotada. Ele esclarece que existem casos em que a legislação permite, quando o organismo do animal não responde a nenhum tratamento e a manutenção dessa vida só trará sofrimento para o próprio animal.
Na última quarta-feira, a Assembleia aprovou o projeto do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB) do controle ético da população de cães e gatos no Paraná, vedando a proposta do deputado César Silvestri (PPS) que previa a eutanásia.
Atendimento
O Hospital Veterinário da PUCPR, que fica no campus de São José dos Pinhais, na BR-376, km 14, atende animais doentes. Os donos devem levar seus bichos das 8 horas às 11h30 e das 14 horas às 17h30. Não há agendamento para primeira consulta, e o atendimento é feito de acordo com senhas distribuídas às 7h30 e 13h30.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aprovado PL 873 de 2011: controle ético da população de cães e gatos no Estado do Paraná


Aprovado em terceira e última votação o projeto de Lei 873 de 2011, de autoria do Deputado Luiz Eduardo Cheda, que dispões sobre o controle ético da população de cães e gatos no Paraná.
Contempla como políticas preventivas ao abandono e maus tratos de animais:

  • identificação e registro
  • esterilização de animais que cause a menor dor e sofrimento, com a devida comprovação científica nos termos das normas federais
  • políticas de adoção de animais
  • controle de criadouros e regras para o comércio
  • campanhas educativas em guarda responsável
  • eutanásias permitidas apenas para o alívio do sofrimento do animal, em casos irreversíveis, e sempre com laudo médico-veterinário que recomende o procedimento
  • animal comunitário
  • entre outras políticas
Com certeza avançamos na busca de uma relação de respeito com os animais com os quais convivemos em nosso Estado, constituindo-se um marco regulatório importante para a construção de política municipais.

O Movimento SOSBICHO acompanhou o nascedouro deste projeto, desde o ano de 2010 e acompanhou todas as fases de sua tramitação.

AGORA, COMEMORA COM TODOS AQUELES QUE SEM EMPENHARAM NA SUA FORMULAÇÃO E NA SUA APROVAÇÃO E AGRADECEM O DEPUTADO LUIZ EDUARDO CHEIDA PELA ACOLHIDA DA PROPOSTA E DE SUA DEFESA ATÉ A APROVAÇÃO FINAL.

Conheça o texto:
    • N.: 873/2011
      Súmula: Dispõe sobre o controle ético da população de cães e gatos no Estado do Paraná e adota outras providências.

      Art. 1° Fica vedado, no âmbito do Estado do Paraná, o extermínio de cães e gatos para fins de controle de população.
      Art. 2º Esta Lei institui o controle ético da população de cães e gatos no âmbito do Estado do Paraná, contemplando o seguinte:
      I-  identificação e registro
      II- esterilização;
      III- adoção;
      IV- controle de criadouros
      V- campanhas educativas em guarda responsável.  
      Art. 3º A identificação e registro consistem em procedimentos para se reconhecer o animal, sua origem e características, sejam eles cães ou gatos.
      § 1º As informações para identificação e registro do animal deverão ser fornecidas pelo seu responsável ou por quem o tutela quando se tratar de autoridades municipais.
      §2º Caberá aos proprietários de criadouros, a identificação e registros dos animais que estejam sob a  sua responsabilidade.
      §3º As informações a que se refere o §1º deste artigo, constarão de banco de dados do órgão municipal responsável pelo controle ético da população de cães e gatos.
      §4º As empresas que comercializam ou que venham a intermediar as adoções de cães e gatos, no âmbito do Estado do Paraná, deverão exigir, no ato da compra ou da adoção, o preenchimento de termo de responsabilidade por  pessoa que se responsabilizará pelo animal, nos termos do anexo único desta Lei. 
      §5º O descumprimento do disposto no §4º deste artigo, implicará em infração apurada pelo órgão de meio ambiente local, que deverá lavrar auto de infração, resguardados os preceitos constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 
      Art.4º A esterilização deverá ser autorizada pelo responsável pelo animal e se não for possível a identificação do responsável, a autorização será expedida pela autoridade máxima municipal responsável pelo o controle ético da população de cães e gatos
      §1º Os procedimentos para a esterilização deverão utilizar meios e técnicas que causem o menor sofrimento aos animais, com a devida comprovação científica nos termos das normas e resoluções dos Conselhos Estadual e Federal de Medicina Veterinária.
      Art.5º A eutanásia somente será permitida nos casos em que seja necessária para alívio do próprio animal que se encontra gravemente enfermo em situação tida como irreversível.
      Parágrafo único. Para que se efetive a eutanásia será necessário o laudo assinado pelo médico veterinário do órgão responsável pela gestão do controle das populações de cães e gatos, precedido de exame laboratorial e outros exames complementares que se fizerem necessários, assegurando a aplicação de método que garanta uma morte sem sofrimento para o animal, nos termos da legislação vigente. 
      Art.6° O recolhimento de animais, quando necessário, observará procedimentos éticos de cuidados gerais, de transporte e de averiguação da existência de um responsável ou de um cuidador em sua comunidade.
      Art.7° O animal reconhecido como comunitário será recolhido, esterilizado, identificado, registrado e devolvido à comunidade de origem. 
      Art. 8° Para efeitos desta Lei, considera-se:
      I-animal comunitário: aquele que estabelece com a comunidade em que vive laços de dependência e de manutenção, ainda que não possua responsável único e definido;
      II- cuidador: membro da comunidade em que vive o animal comunitário e que estabelece laços de cuidados com o mesmo.
      Art. 9° Os animais recolhidos pelo órgão responsável pela gestão de populações de cães e gatos, em encaminhados para canis públicos e ou estabelecimentos oficiais congêneres permanecerão por 7 (sete) dias úteis à disposição de seus responsáveis, oportunidade em que serão obrigatoriamente esterilizados, desde que sejam comprovadas boas condições de saúde.
      §1º Vencido o prazo previsto no caput deste artigo, os animais não resgatados pelos seus responsáveis serão disponibilizados para adoção.
      §2º Não serão permitidas as adoções de animais sem o correspondente registro, identificação e esterilização.
      §3º Animais em situação aparente de maus-tratos não deverão ser devolvidos aos seus responsáveis, devendo ser incluídos diretamente nos programas de adoção. 
      Art.10 Para efetivação desta Lei, o Poder Executivo local viabilizará as seguintes ações:
      I - destinação de local adequado para a manutenção e exposição dos animais disponibilizados para adoção, onde os animais serão separados conforme critério de compleição física, idade e comportamento;
      II- campanhas que sensibilizem o público da necessidade da adoção de animais abandonados, esterilização, de vacinação periódica e de que maus tratos e abandono, pelo padecimento infligido ao animal, configuram práticas de crime ambiental;
      III- orientação técnica aos adotantes e ao público em geral para  atitudes de guarda responsável de animais, visando atender às suas necessidades físicas, psicológicas e ambientais.
      Art. 11 Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias da data da sua publicação.



      Justificativa:
      Apresento aos Nobres Pares desta Assembleia Legislativa e ao povo paranaense, o Projeto de Lei que dispõe sobre a gestão de populações de cães e gatos em áreas urbanas, no âmbito do Estado do Paraná.
      A medida tem caráter de urgência, visto a necessidade de o Estado do Paraná, em todos os Municípios, adotarem políticas de proteção e não somente o extermínio como forma de controle de população desses animais. Importante que se diga que a Constituição Federal asseverou que todos nós temos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. E, para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedando-se, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (art.25, § e incisos)
      Então, o texto da Carta da República asseverou que é necessária a lei que vede ações que provoquem a extinção de animais, assim como evitar serem eles expostos à crueldade. Neste sentido o Projeto de Lei que ora apresento, foi construído com pessoas que militam na defesa dos animais e que têm a consciência da possibilidade de um meio ambiente equilibrado em que convivam o homem e os animais de forma harmônica e respeitosa.
      Pois bem, o Projeto de Lei, é constitucional e legal, visto que não adentra competência de nenhum Poder Público e está contido na moldura jurídica do parlamentar.
      Senhores Deputados, espero o apoio de Vossas Excelências na aprovação deste Projeto de Lei, visto que todos podemos neste momento expor o nosso compromisso com a vida digna dos animais em todo o âmbito do Estado do Paraná.



      Andamento:
      Aprovado em Plenário.Segue para sanção governamental.

Projeto de Lei 873 de 2011: controle ético da população de cães e gatos no Estado do Paraná


    • Projeto de Lei 873 de 2011
      Súmula: Dispõe sobre o controle ético da população de cães e gato no estado do Paraná e adota outras providências.


      Art. 1° Fica vedado, no âmbito do Estado do Paraná, o extermínio de cães e gatos para fins de controle de população.
      Art. 2º Esta Lei institui o controle ético da população de cães e gatos no âmbito do Estado do Paraná, contemplando o seguinte:
      I-  identificação e registro
      II- esterilização;
      III- adoção;
      IV- controle de criadouros
      V- campanhas educativas em guarda responsável.  
      Art. 3º A identificação e registro consistem em procedimentos para se reconhecer o animal, sua origem e características, sejam eles cães ou gatos.
      § 1º As informações para identificação e registro do animal deverão ser fornecidas pelo seu responsável ou por quem o tutela quando se tratar de autoridades municipais.
      §2º Caberá aos proprietários de criadouros, a identificação e registros dos animais que estejam sob a  sua responsabilidade.
      §3º As informações a que se refere o §1º deste artigo, constarão de banco de dados do órgão municipal responsável pelo controle ético da população de cães e gatos.
      §4º As empresas que comercializam ou que venham a intermediar as adoções de cães e gatos, no âmbito do Estado do Paraná, deverão exigir, no ato da compra ou da adoção, o preenchimento de termo de responsabilidade por  pessoa que se responsabilizará pelo animal, nos termos do anexo único desta Lei. 
      §5º O descumprimento do disposto no §4º deste artigo, implicará em infração apurada pelo órgão de meio ambiente local, que deverá lavrar auto de infração, resguardados os preceitos constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 
      Art.4º A esterilização deverá ser autorizada pelo responsável pelo animal e se não for possível a identificação do responsável, a autorização será expedida pela autoridade máxima municipal responsável pelo o controle ético da população de cães e gatos
      §1º Os procedimentos para a esterilização deverão utilizar meios e técnicas que causem o menor sofrimento aos animais, com a devida comprovação científica nos termos das normas e resoluções dos Conselhos Estadual e Federal de Medicina Veterinária.
      Art.5º A eutanásia somente será permitida nos casos em que seja necessária para alívio do próprio animal que se encontra gravemente enfermo em situação tida como irreversível.
      Parágrafo único. Para que se efetive a eutanásia será necessário o laudo assinado pelo médico veterinário do órgão responsável pela gestão do controle das populações de cães e gatos, precedido de exame laboratorial e outros exames complementares que se fizerem necessários, assegurando a aplicação de método que garanta uma morte sem sofrimento para o animal, nos termos da legislação vigente. 
      Art.6° O recolhimento de animais, quando necessário, observará procedimentos éticos de cuidados gerais, de transporte e de averiguação da existência de um responsável ou de um cuidador em sua comunidade.
      Art.7° O animal reconhecido como comunitário será recolhido, esterilizado, identificado, registrado e devolvido à comunidade de origem. 
      Art. 8° Para efeitos desta Lei, considera-se:
      I-animal comunitário: aquele que estabelece com a comunidade em que vive laços de dependência e de manutenção, ainda que não possua responsável único e definido;
      II- cuidador: membro da comunidade em que vive o animal comunitário e que estabelece laços de cuidados com o mesmo.
      Art. 9° Os animais recolhidos pelo órgão responsável pela gestão de populações de cães e gatos, em encaminhados para canis públicos e ou estabelecimentos oficiais congêneres permanecerão por 7 (sete) dias úteis à disposição de seus responsáveis, oportunidade em que serão obrigatoriamente esterilizados, desde que sejam comprovadas boas condições de saúde.
      §1º Vencido o prazo previsto no caput deste artigo, os animais não resgatados pelos seus responsáveis serão disponibilizados para adoção.
      §2º Não serão permitidas as adoções de animais sem o correspondente registro, identificação e esterilização.
      §3º Animais em situação aparente de maus-tratos não deverão ser devolvidos aos seus responsáveis, devendo ser incluídos diretamente nos programas de adoção. 
      Art.10 Para efetivação desta Lei, o Poder Executivo local viabilizará as seguintes ações:
      I - destinação de local adequado para a manutenção e exposição dos animais disponibilizados para adoção, onde os animais serão separados conforme critério de compleição física, idade e comportamento;
      II- campanhas que sensibilizem o público da necessidade da adoção de animais abandonados, esterilização, de vacinação periódica e de que maus tratos e abandono, pelo padecimento infligido ao animal, configuram práticas de crime ambiental;
      III- orientação técnica aos adotantes e ao público em geral para  atitudes de guarda responsável de animais, visando atender às suas necessidades físicas, psicológicas e ambientais.
      Art. 11 Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias da data da sua publicação.



      Justificativa:
      Apresento aos Nobres Pares desta Assembleia Legislativa e ao povo paranaense, o Projeto de Lei que dispõe sobre a gestão de populações de cães e gatos em áreas urbanas, no âmbito do Estado do Paraná.
      A medida tem caráter de urgência, visto a necessidade de o Estado do Paraná, em todos os Municípios, adotarem políticas de proteção e não somente o extermínio como forma de controle de população desses animais. Importante que se diga que a Constituição Federal asseverou que todos nós temos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. E, para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedando-se, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (art.25, § e incisos)
      Então, o texto da Carta da República asseverou que é necessária a lei que vede ações que provoquem a extinção de animais, assim como evitar serem eles expostos à crueldade. Neste sentido o Projeto de Lei que ora apresento, foi construído com pessoas que militam na defesa dos animais e que têm a consciência da possibilidade de um meio ambiente equilibrado em que convivam o homem e os animais de forma harmônica e respeitosa.
      Pois bem, o Projeto de Lei, é constitucional e legal, visto que não adentra competência de nenhum Poder Público e está contido na moldura jurídica do parlamentar.
      Senhores Deputados, espero o apoio de Vossas Excelências na aprovação deste Projeto de Lei, visto que todos podemos neste momento expor o nosso compromisso com a vida digna dos animais em todo o âmbito do Estado do Paraná.



      Andamento:
      Aprovado em Plenário.Segue para sanção governamental.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Homenagem a Helena Kolody: Espaço de Leitura Helena Kolody

 SEMPRE MADRUGADA



PARA QUEM VIAJA AO
ENCONTRO DO SOL
É SEMPRE MADRUGADA
helena kolody





A poetisa paranaense de origem ucraniana Helena Kolody faz 100 anos de nascimento neste ano de 2012 e homenageamos esta pessoa que tanto amava a natureza e todos os seus seres com a construção do Espaço de Leitura Helena Kolody, na Escola Estadual Dona Carola, no Bairro São Francisco - Curitiba, com produção de grafites inspirados na produção poética de Helena.
É um projeto em parceria com a Rede de Desenvolvimento Local São Francisco. Sua realização inicia-se no dia 03 de dezembro de 2012, com a utilização de materiais reciclados e sobras de tintas coletadas junto à comunidade





Parceria evita colisões entre barcaças e baleias na região de Abrolhos


 Fonte: Folha de São Paulo: 26.11.201226/11/2012 - 03h26

REINALDO JOSÉ LOPES

EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE"
Uma parceria entre biólogos, ambientalistas e a iniciativa privada está ajudando a evitar uma modalidade especialmente calamitosa de acidente de trânsito: trombadas entre baleias e barcos na região de Abrolhos, entre a Bahia e o Espírito Santo.
Criar um bom sistema de "semáforos" marinhos é crucial para esse pedaço da costa brasileira porque ele combina elementos que aumentam o risco de colisões.
Por um lado, Abrolhos e adjacências concentram cerca de 90% das 11 mil baleias-jubartes que passam pelo Brasil todos os anos. Esses cetáceos, lentos e de hábitos costeiros, são a segunda espécie mais atropelada de baleia (só "perdem" para as baleias-francas).
Por outro lado, a região abriga um movimentado tráfego de barcaças carregando toras de madeira e celulose oriundas das florestas de eucalipto da região -trânsito que ganhou porte com a instalação de um terminal de transporte marítimo em Caravelas (BA) no começo da década passada.
Deixada ao deus-dará, a situação degringolaria em considerável contagem de corpos de jubartes --e prejuízos para as empresas de madeira.
Por isso mesmo, o monitoramento das rotas das baleias na região foi uma das condicionantes ambientais impostas pelo governo para a criação do terminal de Caravelas, afirma Márcia Engel, bióloga do Instituto Baleia Jubarte.
"Fizemos levantamentos aéreos e cruzeiros de pesquisa para estudar essas áreas de concentração das jubartes e estabelecer rotas com menor densidade de animais."

Acordo ajuda a preservar baleias em Abrolhos

 Ver em tamanho maior »
Marcelo Justo/Folhapress
AnteriorPróxima
Baleia-jubarte em área próxima ao arquipélago de Abrolhos; parceria entre ambientalistas e empresas mudou rota de transporte de carga para evitar colisões com os bichos
O trabalho foi feito com apoio da Fibria, empresa de celulose que pretendia transportar madeira de Caravelas e Belmonte (BA) para Aracruz (ES) --no segundo caso, em "joint venture" com outra empresa, a Stora Enso.
A equipe do Instituto Baleia Jubarte mostrou que era possível evitar encontros trágicos com os cetáceos no trajeto de 275 km, desde que as barcaças mantivessem rotas não muito coladas à costa, região preferida pelos bichos.
Ao que tudo indica, a estratégia tem dado certo. Dez anos depois do estabelecimento do terminal de Caravelas, não há evidência de choque com as barcaças.
E não é que atropelamentos do tipo não tenham ocorrido na região, lembra Engel. No mesmo período, houve ao menos três colisões, uma delas envolvendo um catamarã que fazia a rota entre Salvador e Morro de São Paulo.
Perto de Itaparica, tripulação e passageiros sentiram uma pancada. Ao olhar para trás, "o pessoal viu uma baleia e uma grande mancha de sangue na água", diz a bióloga. Provavelmente era uma jubarte, embora a identificação da espécie não tenha sido feita. O navio afundou.
Outra preocupação ligada ao estabelecimento de um porto numa área de reprodução de baleias é o barulho.
Os sons emitidos pelas jubartes são importantes para o acasalamento e o cuidado com as crias. O temor é que o barulho causado pelo tráfego marítimo atrapalhe a comunicação entre os animais.
Por enquanto, não há evidências de que isso esteja acontecendo em Abrolhos, diz Engel, apesar dos 5 milhões de metros cúbicos de madeira transportados ali entre 2010 e este ano.
Um dado mais preocupante tem vindo da população de botos-cinza do estuário do rio Caravelas. Com cerca de cem indivíduos, esse grupo parece estar se reduzindo. Ainda não é possível saber se isso é um impacto do tráfego.
O repórter fotográfico MARCELO JUSTO viajou a convite da Fibria

Passarinhos ficam bêbados ao comer frutas fermentadas

http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2012/11/03/passarinhos-ficam-bebados-ao-comer-frutas-fermentadas.jhtm
03/11/2012 - 04h00

DE SÃO PAULO


Doze corpos de melros-pretos encontrados em uma escola na Inglaterra deixaram pesquisadores intrigados.
Um único exemplar sobrevivente da pequena mortandade tinha sintomas estranhos: não conseguia se manter em pé sem se apoiar nas asas.
Para esclarecer as mortes, exames foram feitos nos cadáveres. Os testes não encontraram infecções nos bichos, mas frutos de sorveira, uma árvore que dá frutinhas vermelhas, estavam no estômago dos passarinhos pretos.
Creative Commons
Melro-preto, pássaro da espécie atingida pela mortandade causada por embriaguez
Melro-preto, pássaro da espécie atingida pela mortandade causada por embriaguez
Os frutos estavam fermentados, e foi encontrado álcool nos tecidos de um dos três cadáveres analisados. O pássaro sobrevivente com sintomas de embriaguez se recuperou depois de dois dias.
Segundo o artigo publicado na revista "Veterinary Record", os bichos podem ter sofrido fraturas ao cair das árvores ou colidir uns com os outros por causa da embriaguez, o que levou à morte de parte deles.
Fenômeno similar já havia sido observado com outras espécies de pássaro, como o tordo-ruivo, e também com outros animais, como orangotangos, que acabam intoxicados após comer frutas maduras demais.

Grilos e mamíferos: estamos mais próximos uns dos outros do que imaginamos


16/11/2012 - 05h01

Grilos e mamíferos têm sistema auditivo parecido, diz pesquisa

JOELMIR TAVARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A descoberta de um órgão auditivo não identificado anteriormente no ouvido de grilos da América do Sul pode ajudar nas pesquisas de sensores acústicos, incluindo tratamentos médicos.
Os grilos que vivem no Parque Nacional Gorgona, uma ilha do oceano Pacífico localizada na costa da Colômbia, têm uma vesícula auditiva, em formato de caracol, que transforma a energia acústica das ondas sonoras em energia mecânica, hidráulica e eletroquímica.
Nos mamíferos, esse papel é desempenhado por três ossinhos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo) e pela cóclea.
Divulgação
Copiphora gorgonensis, grilo do Parque Natural Nacional Gorgona, na Colômbia
Copiphora gorgonensis, grilo do Parque Natural Nacional Gorgona, na Colômbia
A pesquisa, com os resultados dos estudos sobre grilos da espécie Copiphora gorgonensis, será divulgada na edição desta sexta-feira (16) da revista "Science".
Os resultados do estudo, feito nas universidades de Bristol e Lincoln, no Reino Unido, são a peça que faltava no quebra-cabeça para compreender o processo de transformação de energia nos ouvidos desses animais.
Os autores do estudo também concluíram que o sistema de audição dos insetos, em três etapas, é mais parecido com o dos mamíferos do que se imaginava.
Nos mamíferos, as ondas sonoras fazem o tímpano vibrar. Depois, os três ossículos amplificam as vibrações, o que faz com que elas viajem através de um fluido na cóclea.
Por fim, células ciliadas do ouvido interno convertem as ondas sonoras em impulsos elétricos, que transportam a informação para o cérebro.
No caso dos insetos, não se sabia como os vários órgãos se conectam para permitir que os bichos ouçam.
Preenchida por um fluido, a vesícula auditiva dos insetos contém uma rede de receptores sensoriais. Os cientistas acreditavam antes que só os vertebrados tinham um processo tão eficiente de conversão de vibrações sonoras.
EVOLUÇÃO CONVERGENTE
A descoberta das semelhanças entre os sistemas auditivos surpreende principalmente pelas diferenças entre os organismos de insetos e mamíferos e seus processos de evolução.
As quatro "orelhas" dos grilos estudados, por exemplo, ficam localizadas nas duas patas dianteiras e são partes minúsculas de seus órgãos auditivos. Elas podem detectar sons a longas distâncias.
O estudo pode ajudar na criação de novas tecnologias em pesquisas sobre sensores acústicos, já que, assim como os humanos, os grilos também têm uma audição muito sensível.
O conhecimento sobre esse nível de sofisticação e funcionalidade da audição do inseto deverá ser útil para a engenharia de sistemas bioinspirados.
O principal responsável pela descoberta, Fernando Montealegre-Zapata, cresceu na Colômbia e, muito cedo, desenvolveu interesse em insetos, especialmente grilos. Ele decidiu estudar entomologia e focou seus trabalhos em acústica, biomecânica e biologia sensorial.
"As descobertas mudam nossa visão sobre a audição dos insetos. Temos certeza de que a hipersensibilidade auditiva da espécie vem da vesícula que detectamos", afirmou Montealegre-Zapata.
Para outro pesquisador da equipe, Daniel Robert, ter uma audição aguçada, no caso dos grilos colombianos, pode significar a diferença entre a vida e a morte.
"Na cacofonia de seu ambiente de floresta tropical, é crucial para esses bichos distinguir entre um coro de sons de insetos e os ultrassons dos morcegos que os caçam", disse.

Escotismo: um jeito de estar no mundo


VIDA PRÁTICA

Roberto Dziura Jr.
Roberto Dziura Jr. /
ESCOTISMO

Fonte: Gazeta do Povo

Um jeito de estar no mundo

Vida em comunidade proposta por Baden-Powell no século passado ainda cativa adolescentes e jovens dos anos 2000. No Paraná, são quase 7 mil associados

Publicado em 16/11/2012 | RAPHAEL MARCHIORIRSS
Na era dos tablets, videogames e afins, o escotismo, prática iniciada no início do século passado, ainda atrai milhares de jovens paranaenses. São mais de 90 grupos espalhados pelo Paraná. Juntos, somam 6.686 associados no estado, sendo 38% mulheres. Em todo o país, de acordo com a União dos Escoteiros do Brasil (UEB), são mais de 80 mil escoteiros espalhados por 1.150 grupos.
Escoteiro de uma vez para sempre
Jan Oliver Falce Hoffmann (foto), 21 anos, ingressou no escotismo há 13 anos, no ramo “lobinho”. Já deixou de ser membro-juvenil, mas não abandonou o movimento. “Sou chefe assistente de escoteiros de 10 a 14 anos. Ajudo-os a lidar com conflitos internos e os incentivo a buscar o progresso pessoal”, diz. Seu aprendizado, conta, foi muito além das mais de 20 formas de fazer os famosos “nós”. Das centenas de campings nos quais participou, de um não esquece. Em 2007, Hoffmann esteve no “Jamboree”, acampamento mundial, realizado então na Inglaterra.
No coletivo
Núcleos escoteiros funcionam como clube administrado pelos próprios membros
Para participar do escotismo, não é necessário um grande investimento financeiro. “Quase a totalidade dos grupos funciona como um clube. Os pais elegem os diretores e assumem a maioria das funções”, explica Luiz Cesar de Simas Horn, da União dos Escoteiros do Brasil.
Fundado em 1907 pelo inglês Baden-Powell, o escotismo foi trazido ao Brasil três anos depois por oficiais da Marinha. A fundação oficial ocorreu no Centro de Boys Scouts do Brasil, no Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1910.
Horn admite que o movimento precisou se readaptar para atrair novos jovens. “Tivemos uma pequena retração no começo da década passada. Em 2007, chegamos a ter 50 mil associados. Mas voltamos a crescer, adequando nossas atividades aos interesses dos jovens de hoje”, diz Horn.
“Nos acampamentos, aprendi muito sobre a vida, a ser independente e conviver em grupo.”
“Hoje sou estagiário de uma empresa do ramo de petróleo e tenho certeza que a experiência no escotismo me ajudou a passar no processo seletivo, que foi extenso e com dinâmicas de grupo.”
Jan Oliver Falce Hoffmann, estudante de Administração.
As unidades funcionam como famílias que buscam dar autonomia aos seus filhos e ensiná-los a viver em comunidade. Para tanto, diferente do que se imagina, não é necessário um grande esforço financeiro. De acordo com a regional paranaense da UEB, as mensalidades variam de R$ 20 a R$ 70 e as atividades extras, cobradas à parte, são das mais variadas.
“Fazemos atividades em chácaras e fazendas próximas a Curitiba. As práticas de aventura, com os maiores, são mais comuns na Serra do Mar, como no Pico Paraná, Conjunto Ma­­rumbi, Morro do Anhangava e no Rio Nhun­­diaquara”, conta Cíntia Mara Sandrini de Lima, presidente do grupo escoteiro curitibano São Luis Gonzaga.
Os escoteiros são separados em quatro ramos tradicionais: lobinho (6,5 a 10 anos), escoteiro (11 a 14), sênior (15 a 17) e pioneiro (18 a 21). Não há divisão por gênero.
Desde cedo, a conquista da autonomia é trabalhada entre os participantes. “Escotismo é um movimento educativo por meio de atividades que os jovens gostam e que contribuem para sua formação. Quando levamos um jovem a um acampamento, temos instrumentos para que ele assuma responsabilidades e tome decisões”, afirma Luiz Cesar de Simas Horn, gerente de métodos educativos da UEB.
A ascensão dentro dos grupos de escoteiros é medida por meio de um sistema de progressão. “São pequenas tarefas. Eles vão adquirindo conhecimento e, com isso, recebem condecorações. Já para os adultos, a progressão é por meio da realização de cursos”, explica Cíntia Mara Sandrini de Lima.
Além dos grupos independentes, o movimento é difundido pelo governo por meio do projeto “Escotismo na Escola” – fruto de uma parceria entre a Secretaria da Educação e seção Paraná da União dos Escoteiros do Brasil. O programa prevê a implantação gradativa de grupos de escotismo em escolas estaduais. Até agosto deste ano, dois grupos já haviam sido criados com a adesão de mais de 80 alunos.