sexta-feira, 30 de março de 2012

ONGs e movimentos exigem a garantia dos acordos (Agenda 21 etc...), direitos e maior participaç​ão dos majors groups no processo ofical da Rio+20

Direitos ameaçados nas Nações UnidasNós, organizações da sociedade civil e movimentos sociais que responderamao chamado da Assembleia Geral das Nações Unidas para participar doprocesso da Rio+20, sentimos que é nosso dever chamar atenção das autoridades relevantes e dos cidadãos do mundo a respeito da situação atualde grave ameaça dos direitos de todas as pessoas que mina a relevância das Nações Unidas.
De forma surpreendente, somos testemunhas da intenção de alguns países de debilitar, colocar entre colchetes ou eliminar sem maiores discussões quasetodas as referências às obrigações relacionadas aos direitos humanos e aosprincípios de equidade que o texto de negociação O futuro que queremos, aser acordado na Rio+20, inclui.Isso diz respeito às referências ao direito a uma alimentação e nutriçãoapropriadas, direito a água segura e limpa e a saneamento, direito adesenvolvimento etc.
O direito a um meio ambiente limpo e saudável, que é imprescindível para a realização de todos os direitos fundamentais,continua muito débil no texto. Até mesmo os princípios já acordados na Rio92 estão sendo postos entre colchetes: o princípio de quem contamina paga,o princípio da precaução, o princípio de responsabilidades comuns, porémdiferenciadas.
Muitos estados membros se opõem a uma linguagem mandatória que comprometaos governos a fazerem o que dizem: apoiar princípios e atuar comoportadores de deveres de direitos humanos, incluindo fornecimentode financiamento, tecnologia e outros mecanismos de implementação queapoiem os esforço dos países em desenvolvimento rumo ao desenvolvimentosustentável.
Por outro lado, há uma vontade de que os investimentos einiciativas do setor privado cubram a brecha deixada pelo setor público. Orisco de privatização e de mercantilização dos bens comuns, como a água,significa colocar em perigo seu acesso e sua acessibilidade, elementosfundamentais desses direitos.Embora as ferramentas econômicas sejam essenciais para a implementação dasdecisões que têm como objetivo a sustentabilidade, a justiça social e apaz, a lógica da economia provada nao deve prevalecer sobre o cumprimentodas necessidadaes humanas e o respeito dos limites naturais do planeta.Assim, são necessários um marco institucional e uma regulação fortes.
Os mercados desregulados já mostraram ser uma ameaça não apenas para pessoascomo também para a natureza, bem como para as economias e para os países.Os mercados devem trabalhar para as pessoas, não as pessoas para osmercados.Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a humanidade se reuniu para elaborarinstruções cujos objetivos foram paz e prosperidade para todos, evitandomais sofrimento e destruição.
 A Declaração Universal de Direitos Humanosexplica com detalhes esse desejo coletivo, e os órgãos da ONU foram criadospara tornar esse desejo uma realidade. De maneira alarmante, essas mesmasinstituições são agora utilizadas como plataformas para atacar os mesmosdireitos que devem proteger, deixando as pessoas sem defesa e colocando aprópria relevância das Nações Unidas em xeque.
Pedimos aos Estados-membros que conduzam as negociações da Rio+20 nocaminho que devem: respeitar a agenda legítima dos povos e o cumprimento deseus direitos, a democracia e a sustentabilidade, além do respeito àtransparência, responsabilidade e sem voltar atrás nos compromissos.
Pedimos ao Secretário Geral das Nações Unidas para defender o legado da ONUassegurando que a Rio+20 construirá as fundações de um esforçomultigeracional para fortalecer os direitos que são para a paz e para aprosperidadeInstamos aos cidadãos do mundo para defender o futuro que todos queremos efazer com que suas vozes sejam ouvidas.
Para isso, o processo da Rio+20deve melhorar, adotando as propostas que apresentamos abaixo:Sobre uma maior participação dos Major GroupsPreocupa-nos a contínua exclusão dos Major Groups do processo formal danegociação do rascunho inicial da Rio+20.
Ao contrário do que aconteceu nasreuniões do Comitê de Preparação e nas reuniões intersessionais, os MajorGroups e outros grupos de interesse da sociedade civil não puderamapresentar propostas ou fazer declarações como assistentes das reuniões.Pensamos que tampouco nos será permitido fazer propostas ou participar demaneira completa nas reuniões de trabalho dos grupos de negociação quepossiveilmente lhes darão continuação. Apesar de o Departamento de QuestõesEconômicas e Sociais das Nações Unidas (Umdesa) ter feito um texto quemostra as emendas propostas pelos Major Groups, essas emendas feitas norascunho inicial até agora não foram incluídas no texto oficial denegociação.
Pedimos que os Major Groups tenham a oportunidade de enviar propostas etextos específicos que sejam considerados pelos textos oficiais, e que osgovernos indiquem tanto seu apoio quanto sua desaprovação em relação à sua potencial inclusão.
Chamamos o Secretário Geral da Conferência das Nações Unidas para oDesenvolvimento Sustentável (UNCSD) para reverter urgentemente essasituação e assegurar que os Major Groups tenham um lugar na mesa denegociação e uma voz na sala onde as negociações se desenrolam.
Assegurar que, no mínimo, se permita que os Major Groups façam uma declaração formal no começo da sessão de negociação e em todas as sessões onde se debata o novo texto.

Assinam:Ibon InternationalVitae CivilisStakeholder ForumCouncil of CanadiansConsumidores InternacionalSustainlabourConfederación Sindical InternacionalCIVICUSMujeres en Europa por un Futuro ComúnEcoropaGlobal Ecovillage NetworkWorld Transforming InitiativeWorld Alliance to Transform the United NationsCentro de Estudos Ambientais (CEA)Para ler e assinar a carta, clique no link abaixo:.http://www.ipetitions.com/petition/rightsatrisk/
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Movimento SOSBICHO assina a petição.

Penas mais severas para quem comete crimes contra os animais ! Moção Vereador Professor Galdino

Assunto: Moção de apoio à causa animal é recebida pela Câmara dos Deputados



O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, encaminhou, na última semana, uma resposta à moção de apoio ao Projeto de Lei nº 7199/2010, que tramita no Congresso Nacional e deve aumentar o rigor das penas contra crimes de maus tratos a animais. A moção, feita pelo vereador Professor Galdino (PSDB) busca dar destaque ao projeto e solicitar aos deputados uma votação favorável à questão.

“Nossa ideia é sensibilizar os deputados para a importância da questão, que por muitos anos foi deixada de lado das discussões políticas e hoje ganha espaço em nossas casas legislativas. Existe um clamor popular muito forte que pede a punição desses crimes que, muitas vezes, acabam em impunidade”, comentou Galdino.

De acordo com o ofício encaminhado pelo deputado Marco Maia, o projeto, de autoria do deputado federal Roberto Santiago (PSD), já tramitou por todas as comissões competentes e deve seguir para votação no Plenário da Casa em breve. A proposta do vereador deve modificar a, já desatualizada, Lei nº 9.605, que “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente”.

Em Curitiba, um projeto de Lei, de autoria do Professor Galdino, apresentado em 2009 resultou na atual Lei de Defesa Animal. Apresentada e sancionada pela Prefeitura em dezembro do ano passado, a nova lei prevê multas que podem chegar a 200 mil reais e cassação de alvará, caso o crime seja imputado a empresas.


Oséias Filho

Vereador Galdino no evento Crueldade Nunca Mais
Foto Movimento SOSBICHO
Assessoria de Imprensa Prof Galdino

41 3350 4932 - Gabinete

Os animais de Francisco Beltrão - PR - precisam de você ! Bazar da ONG ARCA DE NOÉ

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aniversário de Curitiba - mensagem do Movimento SOSBICHO

No dia em que Curitiba festeja os seus 319 anos, aqueles que defendem os direitos dos animais têm muito pouco a festejar.
Durante estes últimos 20 anos em que a preocupação com a garantia dos direitos dos animais entrou na agenda de seus defensores, como reflexo de uma preocupação planetária em torno do reconhecimento de que todos os entes do Planeta (por que não do Universo) devem ser respeitados em seus interesses e necessidades, um pouco se avançou neste solo curitibano. Mas muito pouco.
No nível legislativo, podemos reconhecer avanços: temos leis que fazem previsões de campanhas de controle ético de populações de cães e gatos; temos lei que regulamenta o uso de animais de tração; que instituem campanhas de educação em guarda responsável e animais; que proíbe que animais sejam utililizados em espetáculos circenses ou congêneres; que animais sejam sorteados ou dados como prêmios; que animais sejam expostos para composição de ambientes, em eventos artístiscos ou de qualquer gênero que não tenha o caráter específico de exposição de animais; que proíbem a venda de animais em eventos que não sejam criados para este fim específico; lei que prevê a educação do cidadão na convivência com os pombos urbanos; lei que cria regras para o comércio de animais e ainda uma lei que prevê punições a quem comete maus tratos. Sem esquecer que temos uma lei que institui o Conselho Municipal de Proteção aos Animais.
Assim olhado, pode-se avaliar: que avanço !
No entanto, quando se avaliam as políticas públicas criadas para tratar da proteção e à garantia dos direitos dos animais, seja do ponto de vista ambiental, seja do ponto de vista de saúde, vivemos um caos, uma lástima. E quando se avalia do ponto de vista da interlocução da sociedade civil com seus governantes, com os gestores públicos, quanta decepção !
Curitiba mantém um programa mínimo de esterilizações de animais, com o contrato com uma organização não governamental - ONG Quatro Patas, de 3.600 castrações ao ano e mais um contrato com outra organização - Cia. das Pulgas, de 900 castrações (contrato fechado).
Mantém, através da Rede de Defesa e Proteção Animal, um programa de cadastramento e identificação e animais, que o cidadão deverá pagar para ter direito a um microchip implantado no seu animal, a menos que participe de algum evento, em que alguns chips são instalados de graça.
Felizmente, com a criação de órgão dentro da Secretaria de Meio Ambiente, hoje existe uma fiscalização a maus tratos, que funciona a partir de demandas do cidadão. No entanto, a Prefeitura não tem solução ideal para os problemas que enfrenta.
Segundo informações que chegam até nós, 100 animais são mortos hoje em Curitiba. Isto significa, 3000 ao mês e 36.000 ao ano. Não, não é para controle populacional. Estes animais são encontrados mortos, seja por atropelamento, seja por abandono e morte por inanição, seja por violências (queimados, mutilados, etc).
Isto é muito sério !
Se temos uma média de 450.000 cães neste cidade de Curitiba, temos quase 10% de mortes ao ano ! Isto é o que tínhamos quando os animais eram recolhidos e mortos na câmara de gás, prática que ficou o passado, por força de ação da sociedade civil ! No entanto, continuamos no mesmo holocausto ! Repetimos : isto é muito sério !!!
O que é que nosso governos têm feito para mudar este cenário ?
Como temos educado nosso povo ? Temos enfrentado de verdade o aumento da população de animais, cujo descontrole leve ao maltrato e abandono ? Temos efetivamente enfrentado os comerciantes e criadores de animais, que jogam milhares de animais no mercado todos os anos, tranformando seres vivos em mercadorias de muito valor para vender, mas de pouco valor para descartar ?
Temos efetivamente uma política de identificação de animais ? Se assim temos, por que não fazemos disto uma obrigatoridade e de graça para todos aqueles que são tutores de animais e que devem responder pelos seus atos ?
Sem políticas preventivas ao abandono, como vamos obter verdadeiros resultados ? Como vamos mudar a cultura do abandono se não criamos novos valores ?
Quanto do orçamento municipal está previsto para desenvolvimento das políticas para os animais ?
Assim, temos muito pouco a comemorar. Estamos aguardando o diálogo verdadeiro com os gestores, que encastelados e do alto de seus títulos, pouco respeitam aqueles que dedicam suas vidas no cuidado dos animais, que também acumulam experiências e muito, muito conhecimento. Porque também estudaram !
Espera-se que no ano 320 de Curitiba,  esta cidade venha efetivamente a enfrentar isto que faz desta cidade uma cidade feia, que nos envergonha todos.
Esperamos que as eleições que se aproximam, sirvam para que os cidadãos curitibanos que respeitam os animais reflitam e saibam escolher bem aqueles que vão fazer o futuro de todos: seres humanos e não humanos.



Largo da Ordem de Curitiba, Setor Histórico
Foto: Laelia Tonhozi


Laelia Tonhozi
Educadora Ambiental - Especialista

quarta-feira, 28 de março de 2012

Frente Parlamentar Ambientalista - Paraná


Rasca Rodrigues oficializa criação da Frente Parlamentar Ambientalista


Foi oficializada nesta quinta-feira (27), durante Seminário da Política Nacional de Resíduos Sólidos, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, a criação da Frente Parlamentar Ambientalista no Paraná proposta pelo deputado estadual Rasca Rodrigues (PV). O parlamentar verde será o coordenador da nova frente e já colheu as assinaturas necessárias para instalação.

O objetivo da nova frente, segundo Mário Mantovani, diretor de mobilização da SOS Mata Atlântica e responsável pela instalação das Frentes Ambientalistas em todo o Brasil, é assegurar dentro da casa uma agenda ambiental unindo os três poderes, iniciativa privada e sociedade civil.

“Fiquei muito satisfeito em saber que esse Seminário representa o ponta-pé inicial da Frente Ambientalista do Paraná. A experiência que tivemos em todo o Brasil, principalmente no Congresso Nacional, é motivo de muito orgulho e agora o Paraná poderá também se orgulhar de uma frente ampla como essa, que junta todos esses segmentos”, completou Mantovani.

No decorrer das palestras do Seminário, os mais de 150 presentes receberam uma ficha de adesão para um Grupo de Trabalho sobre resíduos sólidos que fará parte da nova Frente. “Queremos ampliar no âmbito deste novo espaço o máximo possível de participação e colaboração. Com isso poderemos avançar sobre este e outros temas”, comentou Rasca.

Algumas linhas de atuação para nova Frente foram levantadas por participantes do evento. “O que a gente espera é que esse espaço sirva também para pautar questões de interesse do povo e do meio ambiente. Além é claro de continuar contando com o apoio do deputado Rasca, que sempre se mostrou sensível a nossa luta”, comemorou o representante do Movimento Nacional dos Catadores de Papel do Paraná, Carlos Alencastro Cavalcanti.

Fonte:
http://www.rasca.com.br/ver-noticia/297

Festival de Teatro de Curitiba: ativistas protestam contra o uso de pássaro em cena


Cultura livre do sofrimento animal
 28/03/2012
Ativistas protestam contra uso de pássaro em cena

Maigue Gueths - Redação Bonde


Protetores independentes de Curitiba e a ONG Movimento SOSBicho de Proteção

Animal mobilizaram as redes sociais e procuraram as autoridades

competentes, nesta terça-feira (27), para impedir que a peça de teatro

Julia, que integra a Mostra Oficial do Festival de Teatro de Curitiba,

fosse encenada com o uso de um pássaro, como ocorreu no Rio de

janeiro, onde a peça já foi encenada.



O movimento de defesa dos animais tomou conhecimento do uso do pássaro

na peça teatral por meio de um vídeo postado no Facebook, que mostra

uma cena na qual um casal discute enquanto a atriz segura uma gaiola

com pássaro dentro. Pelo vídeo é possível ver que o pássaro se debate

durante a cena e começa a piar. Em seguida, o ator retira o animal da

gaiola com a mão, submetendo-o a outro estresse. As imagens são do

espetáculo encenado no Rio de Janeiro.



A mobilização surgiu efeito. Segundo a assessoria de imprensa do

Festival de Teatro, a produção do espetáculo decidiu substituir o

animal vivo por um pássaro de plástico. A substituição está garantida

não apenas para as montagens de Curitiba, que acontecem nos dias 7 e 8

de abril, mas também para os espetáculos futuros independente mente do

estado em que ocorrerem.



Em Curitiba, o uso de animais em espetáculos é proibido pela Lei n°

13.558, de 8 de julho de 2010, que dispõe sobre o comércio de animais.

Em seu artigo 2, a lei proíbe "a manutenção de animais silvestres,

nativos ou exóticos, domésticos ou domesticados, mesmo que para

simples exibição, ou como parte de composição de ambiente, nas feiras,

exposições e eventos afins que não tenham este fim específico, estando

aí compreendidos também eventos de cunho artísticos".



O Movimento SOSBicho entrou com um pedido de intervenção e

fiscalização junto à Rede de Proteção e Defesa Animal da Cidade de

Curitiba. Segundo o ofício encaminhado à rede, em Curitiba,

independentemente de toda a legislação estadual e federal que protege

os animais de maus tratos, há ainda leis específicas como a recente e

sancionada lei no. 13.908 de 2011, que prevê punicões a quem comete

abusos e maus tratos a animais; a lei no. 12.467 de 2007, que poríbe a

manutenção, utilização e apresentação de animais em circos e

espetáculos assemelhados; e a lei 13.558 de 2010, já citada.



A advogada Danielle Tetu Rodrigues, especializada em Direito Animal,

também estava trabalhando para acionar o Ministério Público Estadual

para evitar que o animal fosse utilizado em cena.



A ação do movimento em Curitiba lembra a recente mobilização nacional

durante a Bienal de São Paulo, em 2010, em protesto contra a obra

"Bandeira branca", de Nuno Ramos, que utilizava três urubus vivos.

Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--1350-20120328



Temos que superar nosssas contradições







Fonte: http://www.bemparana.com.br/papopet/index.php/2012/03/27/polemica-nas-redes-sociais-na-estreia-do-festival-de-teatro/

Blog Papo Pet

Crônicas sobre cães e outros bichos por Fabiana Ferreira


Polêmica nas redes sociais na estreia do Festival de Teatro

27 March, 2012 por Fabiana Ferreira

17:14

Uma polêmica sobre o Festival de Teatro de Curitiba, que estreia nesta

terça-feira (27), ganhou as redes sociais nesta data. O uso de um

pássaro, em uma gaiola, em cena da peça que faz parte da Mostra

Oficial “Julia”, da Companhia Vértice de Teatro. O Blog Papo Pet foi

informado pela produção do espetáculo no Rio de Janeiro que o animal

não é mais utilizado na peça, tendo sido substituído por um boneco.



Um vídeo postado no Facebook do MeuAmigoAnimal Marcio Bernstein mostra

uma cena na qual um casal discute enquanto a atriz segura a gaiola.

Pelo vídeo é possível ver que o pássaro se debate durante a cena e

começa a piar. Em seguida, o ator retira o animal da gaiola. As

imagens são do espetáculo encenado no Rio de Janeiro.



Protetoras independentes de Curitiba já estavam se mobilizando contra

a apresentação da peça na capital paranaense prevista para os dias 7 e

8 de abril, no Teatro Bom Jesus. A mesma peça tem sido encenada no Rio

de Janeiro. Um grupo de protetores, em Curitiba, já pretendia acionar

o Ministério Público para evitar que o animal fosse utilizado em cena.



O artigo 32 da lei de crimes ambientais esclarece que “praticar ato de

abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou

domesticados, nativos ou exóticos é punível com pena de detenção de

três meses a um ano, além da multa”.



A substituição do animal é mais uma vitória dos protetores. Isso

mostra mais uma vez a importância da manifestação da sociedade contra

os abusos praticados contra seres indefesos.

terça-feira, 27 de março de 2012

O sonho da Rio+20




O sonho da Rio+20    

Ricardo Abramovay

Os documento iniciais da ONU e o do Brasil para a Rio+20 cultivam o mito do crescimento econômico perpétuo de forma completamente acrítica
Não é trivial que 21 cientistas de várias partes do mundo, muitos deles com um passado de importantes responsabilidades governamentais, iniciem um manifesto com a célebre frase de Luther King: nós temos um sonho.
Menos trivial ainda é que esses cientistas tenham a humildade de reconhecer que a habilidade humana de fazer foi além da capacidade humana de compreender. A civilização contemporânea vive a explosiva combinação de evolução tecnológica rápida e evolução ética e social lenta.
Essas são apenas algumas das ideias expressas pelos ganhadores de uma espécie de Nobel do Meio Ambiente (O Prêmio Planeta Azul, que existe desde a Rio-92), entre os quais José Goldemberg, ex-reitor e professor da USP.
O sonho revelado em seu texto ("Meio ambiente e os desafios do desenvolvimento: o imperativo da ação") é fundamental por se distanciar em ao menos dois pontos do pesadelo representado tanto pelo documento inicial da ONU para a Rio+20 (conhecido como "draft zero") como pela própria contribuição brasileira à conferência.
O primeiro ponto é a constatação de que o uso dos recursos materiais, energéticos e bióticos por parte do sistema econômico já compromete a qualidade da vida social em ao menos três áreas, como mostra o estudo publicado na revista "Nature" pelo grupo liderado por Johan Rockstrom: mudanças climáticas, biodiversidade e ciclo do nitrogênio.
Em outras seis áreas (acidificação dos oceanos, água, uso do solo, poluição, aerossóis e ciclo do fósforo), a ameaça é imensa.
Por esta razão, e apoiado em ciência, o documento denuncia o "mito do crescimento econômico perpétuo adotado entusiasticamente por políticos e economistas para evitar decisões difíceis".
O "draft" da ONU e o documento brasileiro para a Rio+20 cultivam este mito de forma totalmente acrítica.
Fazem isso, segundo ponto, sob o argumento de que a economia verde será capaz de compatibilizar o tamanho do sistema econômico, sempre maior, com os recursos limitados dos ecossistemas.
Os dados não corroboram esta fé na técnica. É essa a razão pela qual os cientistas do Prêmio Planeta Azul dela se distanciam.
Mas não apenas eles: documento da consultoria KPMG divulgado recentemente mostra que cada dólar do PIB global de 2011 foi obtido com 21% a menos de emissões de gases de efeito estufa e 23% a menos de materiais que em 1990.
É um progresso extraordinário, que mostra o potencial da economia verde. No entanto, a produção e o consumo aumentaram tanto que, apesar dessa queda por unidade de produto, a extração global de materiais da superfície terrestre se elevou, nos últimos vinte anos, 41%. As emissões aumentaram 39%.
O caso mais preocupante é o dos fertilizantes nitrogenados, cujo uso aumentou globalmente 135% nos últimos vinte anos, três vezes mais que a produção alimentar.
Sistemas de inovação voltados para a sustentabilidade são fundamentais. Mas achar que eles permitirão suprimir os limites é exprimir uma crença mística no poder da técnica que a ciência não autoriza e a ética não recomenda.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

Fonte: Jornal Folha de São Paulo - 27 03 2012

Os verdadeiros heróis da história: heróis ou vítimas ? Pallais de Versailles

No Palácio de Versailles, na França, existe uma sala que é chamada Gallerie des Batailles, que é um salão que contém enormes quadros que representanam os grandes acontecimentos militares da história da França.  Ali retrata-se os grandes feitos dos grandes heróis franceses. É também conhecida como Sala dos Heróis.
Ali, os heróis considerados são os humanos.
No entanto, os grandes heróis de todos os tempos, são os animais, que vítimas da insanidade humana, serviram e morreram pelas causas também humanas.
Impossível ficar indiferente e insensível diante do olhar dos cavalos representados por grandes pintores, que conseguiram transmitir e registrar para a eternidade o sentimento expressado peloolhares e expressões do equinos.
E assim são os demais que compõem aquela galeria: desespero, dor, medo.
Estes sim, são os verdadeiros herois. Ou vítimas.



Quadro da Galeria das Batalhas - Palácio de Versalhes - França

Foto: Laelia Tonhozi

A importância de termos legislações que não gerem dúvidas

Publicamos a notícia abaixo como forma de reforçarmos a necessidade de legislações que não gerem dúvidas quanto à destinação dos animais que sejam resgatadados pelo serviço público.
Tramita na Assemlelia Legislativa do Paraná o PL 873, do Deputado Luiz Edurado Cheida, que proíbe definitivamente a eutanásia de animais, que não cumpram especificamente e de forma clara o siginificado do que seja o termo "eutanásia" ou boa morte: os animais só podem ser sacrificados para atender o interesse do próprio animal, para evitar sofrimentos ou quando seja constatado que o ser em questão não tenha a menor possibilidade de recuperação. Jamais como uma solução pragmática que o interesse daqueles que tratam da coisa pública considerem, a partir de sua própria decisão, como a melhor solução para causas relacionadas a zoonoses e saúde pública.
Os animais devem ser respeitados ela sua "própria vida", pelo seu valor intrínseco.
Assim, temos que, todos juntos, ongs, movimentos e defensores dos animais do Estado do Paraná, que nos juntar em torno do tema e construir o melhor projeto de lei, em benefício dos animais.
Mande suas sugestões sobre o assunto para o email do movimentososbicho@gmail.com



Morte de cão gera debate sobre legislação

Grupos cobram empenho contra eutanásia, mas veterinária que autorizou procedimento diz que foco é a saúde humana
Bicho com sarna foi morto em Araraquara sob alegação de que poderia contaminar animais ou funcionários

Moisés Schini/"Tribuna Impressa"
Cães no Centro de Controle de Zoonoses de Araraquara, onde o beagle Gabriel, 7 (no detalhe), foi morto por ter sarna
Cães no Centro de Controle de Zoonoses de Araraquara, onde o beagle Gabriel, 7 (no detalhe), foi morto por ter sarna

ELIDA OLIVEIRA
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A eutanásia do cão beagle Gabriel, 7, no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Araraquara, abriu um debate sobre as lacunas na legislação. O animal tinha sarna.
De um lado, grupos protetores de animais cobram maior empenho do poder público para evitar eutanásia.
De outro, a veterinária Anabel Jacqueline Martins da Silva, responsável pelo CCZ da cidade, disse que agiu dentro das determinações técnicas do Ministério da Saúde, cujo foco é a atenção à saúde humana. No entendimento dela, a sarna do cão poderia contaminar outros animais ou funcionários.
Anabel foi afastada da função anteontem à noite pelo prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), até que se apure o que aconteceu no CCZ.
Antes, no entanto, o coordenador executivo da Vigilância em Saúde de Araraquara, Feiz Mattar, defendeu a postura da veterinária em entrevista à Folha.com.
A eutanásia em cães só é indicada em situações extremas, como forma de eliminar a dor, caso não haja outros meios, diz em nota o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado.
O Ministério da Saúde informou que não há normatização federal sobre a eutanásia e que fica a cargo de Estados e municípios legislarem.
Em Araraquara, foram 29 mortes induzidas de bichos em fevereiro. Já em Campinas, há em média o registro de um caso por mês.
No Estado de São Paulo, uma lei de 2008 proíbe eutanásia em casos de doenças curáveis e atribui à prefeitura a formalização de convênios com ONGs para doar os animais saudáveis.
A WSPA Brasil, uma das principais entidades de proteção de animais do país, classificou como "absurda" a atitude da veterinária.
Segundo Rosângela Pinheiro, gerente de programas veterinários da entidade, mesmo a sarna mais agressiva pode ser tratada sem sacrificar o animal. "Em hipótese nenhuma tem como justificar a eutanásia de um cão com uma doença como essa."
Já para o veterinário Ricardo Augusto Dias, docente da USP de São Paulo, a decisão depende do profissional.
"Há casos em que o animal fica praticamente com o corpo todo tomado, pode ter infecções secundárias. Ele pode estar com muita dor."
Apesar das divergências, todos concordam que não há clareza sobre quem deve se responsabilizar pelos cães soltos nas ruas. A principal medida, dizem, seria colocar chip neles, para que os donos, ao abandoná-los, fossem punidos.
"Já que o cão é visto como posse, que você vende ou trocar, deveria haver controle como é com outras posses, como um carro. Para ter um carro, você precisa de licença."

Fonte: Folhaonline, em 26.03.2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Água que te quero viva. Marina Silva

São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2012

Água que te quero viva

Ontem foi o Dia Mundial da Água, que deve ser sempre lembrado e comemorado por ser a água a base da vida.

Por esse motivo, a ONU aprovou em 2010, por expressiva maioria dos seus países-membros, a resolução 64/292, que declara a água limpa e segura e o saneamento um direito humano essencial para gozar plenamente a vida e todos os outros direitos humanos.

Tal resolução tem fortes implicações em todo o mundo e é coerente com um dos Objetivos do Milênio: "reduzir para a metade, até 2015, a proporção de população sem acesso sustentável a água potável segura e a saneamento básico". Hoje, 884 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a água potável segura e 2,6 bilhões de pessoas (40% da população mundial) não têm acesso a saneamento básico. Portanto, temos um longo caminho para colocar a resolução da ONU em prática.

No Brasil, há uma boa cobertura de distribuição de água tratada. Em relação ao saneamento, no entanto, os números são vergonhosos. Apenas 44,5% da população estão conectados a redes de esgoto -do esgoto coletado, somente 38% é tratado. Isso significa que menos de 20% da população têm acesso a esgoto tratado, o que implica no lançamento de grandes quantidades de material orgânico em nossos rios e no mar, no caso das cidades litorâneas.

Essa situação está muito bem refletida em um estudo produzido pela SOS Mata Atlântica, que avaliou a qualidade da água de 49 rios, córregos, ribeirões, represas, lagos e açudes pelo país, e classificou 25% deles como "ruim" e 75% como "regular".

Nenhum dos corpos de água avaliados recebeu a classificação "bom" ou "ótimo". As análises seguem padrões do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e foram realizadas em 11 Estados brasileiros entre janeiro de 2011 e março de 2012.

Se, por um lado, estamos contaminando os recursos hídricos e piorando a qualidade das águas, por outro, vemos serem aprovadas no Congresso Nacional mudanças no Código Florestal que podem afetar de forma irreversível a quantidade de água disponível para nosso consumo. A cobertura florestal dá uma essencial contribuição para a regulação do ciclo climático e para o regime das chuvas, além de ser fundamental para a preservação dos mananciais.

A poluição das águas provocada pela falta de coleta e de tratamento de esgoto pode ser revertida. Não é fácil, pois significa dobrar o volume de investimentos que vêm sendo feitos em coleta e tratamento de esgoto. Mas é ainda mais difícil recompor a cobertura florestal que podemos perder nas margens de rios e lagos e no entorno de mananciais. Seria como destruir as estações de tratamento já construídas.


Publicado em Folha de São Paulo, 23.03.2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da água: uma perspectiva de gênero

Gênero e Água

Nas zonas rurais dos países em desenvolvimento, as mulheres são as principais gestoras de recursos naturais como a água. Elas representam também mais de metade da mão de obra agrícola do mundo. Cultivam cereais para uso doméstico e para o mercado e produzem a maioria das culturas de base.

Deste modo, o trabalho e o saber das mulheres são essenciais à preservação e utilização dos recursos naturais como a água e à proteção da biodiversidade na agricultura e no meio ambiente.

“A diversidade biológica tem sofrido perdas enormes em diferentes áreas geográficas e diferentes tipos de ecossistemas. Entre as implicações da não conservação da biodiversidade estão por exemplo: o aumento das pragas com o desregular das relações tróficas nos ecossistemas, pelo desaparecimento de predadores, competidores, parasitas que controlam populações, o que pode ter implicações na saúde (doenças transmitidas por mosquitos) e alimentação (destruição de culturas por gafanhotos, por exemplo)...” (Paula Tavares, 2008)[1].

As condições ambientais contribuem significativamente para as doenças contagiosas que são responsáveis por 25% das mortes anuais no mundo inteiro. Estima-se que por meio de intervenções de protecção do meio ambiente e de uma melhor gestão dos recursos naturais se pudessem evitar 60% das doenças de infecções respiratórias, 90% das doenças diarreicas e 90% dos casos de malária.

A utilização de água contaminada por dificuldades no acesso a água potável e por falta de formação sobre as implicações do seu uso leva a que, em cada ano, 5 milhões de crianças morram por doenças diarreicas. “A água contaminada aliada a um saneamento deficiente mata 12 milhões de pessoas todos os anos” (FNUAP. “População e mudanças ambientais”, 2001). Sabemos que quando o acesso à água diminui, as fontes de água poluída e os riscos para a saúde aumentam.

Recaem sobre as mulheres o uso e gestão de recursos como a água (são elas que percorrem grandes distâncias para obter este recurso fundamental para a sua sobrevivência e da família), mas elas não têm controle sobre este e outros recursos naturais. Um dos aspectos fundamentais para que as mulheres possam ter algum controlo prende-se com o conhecimento sobre esses recursos e com o seu empoderamento enquanto pessoas para que possam ter poder de decisão sobre algo que passam a conhecer e a ter opinião própria.



Uma Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH) é cada vez mais uma necessidade assumindo carácter urgente, em países que enfrentam a escassez de água. Isso significa que as abordagens de género no sector de abastecimento de água precisam de ser adaptadas e estendidas às mais complexas estruturas institucionais da GIRH.

As perspectivas de gênero são fundamentais para se alcançar a solução mais apropriada para cada comunidade. Deve ser estimulada a participação equitativa de homens e mulheres nas comunidades compartilhando decisões, tarefas e responsabilidades.

Este grupo tem como principal objectivo incorporar a perspectiva de gênero nas políticas e práticas de gestão da água nos países de língua oficial portuguesa e nos países ibero-americanos através do acesso equitativo de mulheres e homens à água potável, saneamento, segurança alimentar e sustentabilidade ambiental.

Contato:
grupogeneroagua@gmail.com





Fórum de Discussão:


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Direitos humanos a golfinhos

Cientistas querem que golfinhos tenham "direitos humanos"


GIULIANA MIRANDA

 Folha DE SÃO PAULO, 18.03.2012

O parque aquático Sea World, nos EUA, foi processado por confinar cinco membros de sua equipe em um espaço diminuto e obrigá-los a fazer rotineiramente apresentações para o público. As autoras da ação? Um grupo de cinco orcas.

Elas foram representadas por uma ONG de direitos dos animais, que entrou com o pedido. Embora o juiz tenha optado por não levar o caso adiante, essa foi a primeira vez que um tribunal federal americano chegou a analisar algo do tipo.

Nos Estados Unidos e em outros países, é cada vez maior a quantidade de cientistas e organizações que se mobilizam pelos direitos dos cetáceos -o grupo de mamíferos marinhos que inclui os golfinhos e as baleias.

Ao fazer suas reivindicações, eles se apoiam em pesquisas que comprovam que esses animais são, de fato, muito especiais.

Assim como os humanos, os golfinhos fazem parte do seleto grupo de espécies que conseguem reconhecer o próprio reflexo no espelho.

Eles também têm um cérebro grande e complexo, com capacidade de raciocínio comparável à dos chimpanzés, considerados os nossos parentes mais próximos.

Além disso, golfinhos costumam se esforçar para ajudar os indivíduos feridos do grupo. E até ferramentas eles conseguem manejar.

INDIVIDUALIDADE

"A ciência já mostrou que individualidade e autopercepção não são propriedades apenas humanas. E isso traz todo tipo de desafios", diz Thomas White, especialista em ética da Universidade Loyola Marymount, nos EUA.

O cientista é um dos principais articuladores para a edição de uma espécie de tratado de direitos "humanos" para os cetáceos.

Segundo os especialistas, os golfinhos são tão avançados que devem ser considerados "pessoas não humanas" e ter seu direito à vida e à liberdade garantidos em documento internacional.

Em 2010, em um congresso em Helsinki, na Finlândia, foram decididos os pontos principais desse documento. Agora, White e outros cientistas viajam o mundo tentando difundi-lo.

No mês passado, eles foram a um dos maiores eventos científicos do mundo, a reunião anual da AAAS (Sociedade Americana para o Progresso da Ciência) em Vancouver, no Canadá, tentando engajar os cientistas e a opinião pública em favor da causa dos cetáceos.

Os cientistas se dizem otimistas com o futuro do projeto. Mas, até mesmo no evento, não faltaram vozes críticas à declaração.

Uma das principais questões levantadas é: em um planeta com 7 bilhões de pessoas, muitas sofrendo com guerra, fome e epidemias, vale a pena se preocupar tanto com direitos específicos desses animais?

Na opinião de Thomas White e companhia, sim.

"Algumas pessoas podem se perguntar se isso nos levará a uma sociedade em que pisar numa formiga será crime e poderá levar alguém para a cadeia. Não é assim", diz Lori Marino, cientista da Universidade Emory que também participou da conferência. "O que nós queremos é que os direitos básicos desses animais sejam compatíveis com as suas necessidades."
Se fosse ratificado internacionalmente, esse projeto inviabilizaria parques como o Sea World, além de punir a caça a baleias e mesmo a captura acidental de golfinhos.




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Os golfinhos, assim como os demais animais não humanos, devem ser protegidos pelos seus próprios direitos
Comentário do Movimento SOSBICHO

Apesar de tais conceitos estarem fundamentados naquilo que chamamos de "especismo eletivo" e "elitista" uma vez que fazemos a comparação com humanos para valorizar os não humanos, e mais, por escolher que alguns valem mais que os outros de acordo com que eles mais se pareçam com humanos, a garantia dos direitos a estes seres, apesar dos passos lentos em que a humanidade caminha, já aponta para uma nova compreensão da pirâmide clássica em que apenas seres humanos ocupam o trono privilegiado da manutenção de direitos. Os golfinhos, assim como os demais animais não humanos, devem ser protegidos pelos seus próprios direitos.

Rio menos 20: Rubens Recupero e a lucidez de quem não quer mais se enganar !

Rio menos 20: Rubens Ricupero


A obstinada negação da realidade e brigar com os fatos conduz os governos a adiar o que deve ser feito

É possível que seja tarde demais para evitar que a reunião a realizar-se no Rio de Janeiro dentro de cem dias faça as deliberações ambientais retroceder ao ponto onde se encontravam em Estocolmo em 1972.

Marco zero da tomada de consciência do problema, deu-se início então a um processo que levaria à assinatura na Rio-92 das duas convenções da ONU para enfrentar as principais ameaças ao planeta: o aquecimento global da atmosfera e a acelerada extinção das espécies vegetais e animais.

O hábito posterior de convocar reuniões comemorativas como a Rio+20 tem o inconveniente de gerar expectativas exageradas, pois eventos capazes de atraírem os maiores líderes mundiais não se repetem facilmente.

Desde então, dar execução às convenções mostrou-se mais árduo do que negociá-las, embora, a cada ano, a ciência aporte elementos mais categóricos de que a ameaça do aquecimento global foi subestimada. Esse é um dos raros setores onde a realidade se tem revelado sempre pior do que as previsões.

Contudo, uma obstinada atitude de negar a realidade e brigar com os fatos conduz os governos a adiar o que deve ser feito. Para isso evita-se chamar a atenção para a gravidade das conclusões das pesquisas recentes.

Esse é um dos dois principais problemas que ameaçam fazer da Rio+20 um retrocesso: a recusa de lançar um honesto grito de alerta sobre os limites do planeta, dissimulando a falta de progresso. O segundo é o de incluir na agenda todos os problemas acumulados e não resolvidos em 50 anos de debate Norte-Sul. Dilui-se a agenda, perde-se o foco específico e, ao insistir que tudo é prioridade, acaba-se não tendo prioridade alguma.


Afirma-se que não se deve privilegiar nenhum dos três pilares do desenvolvimento sustentável: o econômico, o social e o ambiental. Há aí dois defeitos de raciocínio. O primeiro é o de ignorar o que em filosofia se chama condição da possibilidade. O ambiente é a condição da existência do econômico, social, cultural e de tudo o mais.


Se a temperatura média aumentar em cinco graus, não haverá mais condições para a civilização humana, tal como a conhecemos. Mesmo o social, mais importante do ponto de vista do valor humano, não sobrevive sem ambiente favorável.

O segundo erro é esquecer que não se trata apenas de qualquer econômico e social, mas da dimensão ambiental desses componentes do desenvolvimento sustentável. Uma política industrial como a nossa, que se resume em estimular a venda de automóveis, sem exigir contrapartidas de economia de combustível ou de poluição, agrava não só o problema ambiental, mas leva ao colapso do trânsito, como vemos em São Paulo.


O mesmo vale para o consumo: estimular a ampliação do consumismo para milhões e não o consumo racional é imitar o desperdício americano, que, generalizado, exigirá cinco planetas como a Terra! Um assentamento que destrói a Mata Atlântica ou a floresta amazônica é insustentável, ao contrário do que emprega os assentados para replantar matas ciliares ou para conservar a floresta.


O que falta ao Brasil não são boas políticas sociais, mas torná-las ainda melhores, dando-lhes conteúdo ambiental sustentável.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO, 19.03.2012




A sabedoria de quem já viveu muito merece este espaço

ENDA: Encontro Nacional de Direitos Animais - 2012

MOVIMENTO SOSBICHO DIVULGA:

O MAIOR ENCONTRO NACIONAL DE ATIVISTAS PELOS DIREITOS ANIMAIS ESTÁ PRÓXIMO!


Encontro Nacional de Direitos Animais

07 a 10 de junho de 2012                                   Feriado de Corpus Christi

Em sua terceira edição, o ENDA acontecerá novamente no maravilhoso Parque Ecológico Visão Futuro no interior de SP.

O ENDA é voltado à formação e aprendizado entre ativistas pelos direitos animais, sejam eles veteranos ou iniciantes. O ENDA também é aberto aos interessados no tema que buscam conhecer de perto o movimento pelos direitos animais no Brasil.

Acesse o site http://enda.org.br para ver as fotos, assistir aos vídeos e ler os depoimentos de quem participou dessa experiência transformadora.

Por ser realizado em local retirado e incluir hospedagem e alimentação, o evento nesse ano tem limite de vagas. Na edição anterior tivemos lotação máxima! Faça já a sua inscrição para não ficar de fora!

A lista de palestrantes já está disponível no site. Passeie pelo site http://enda.org.br e encante-se com a oportunidade de conviver com ativistas de todo o país em um ambiente de criatividade e integração e imersão.

O vídeo com os momentos sociais da edição 2010 mostra um pouco de como é o clima do evento (que será realizado novamente nesse mesmo local mostrado no vídeo)

http://www.youtube.com/watch?v=M1OyRQb7D_U

Valores com desconto para inscrições realizadas durante o mês de março.

As vagas são limitadas, por isso faça já a sua inscrição para não ficar de fora desse evento que tem se mostrado ser uma alavanca de inspiração e conhecimento para o surgimento de iniciativas pelos direitos animais por todo o país.

O valor da inscrição inclui a hospedagem e a alimentação durante todos os 4 dias do evento.

Curta a comunidade do ENDA no facebook: http://tinyurl.com/enda2012facebook

e encontre desde já pessoas que, assim como você, têm a motivação e vontade de trabalhar para a difusão dos direitos animais.

http://enda.org.br



Nosso dever moral: defendê-los !

PL pende incitadores de crimos de ódio e intolerância

POLÍCIA FEDERAL

NOTA À IMPRENSA

PF PRENDE INCITADORES DE CRIMES DE ÓDIO E INTOLERÂNCIA

A PF em Curitiba realiza hoje, 22, a fase ostensiva da sua “Operação Intolerância” – por meio da qual identificou os responsáveis pelas postagens criminosas encontradas no site silviokoerich.org – , para o cumprimento dos mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal contra EMERSON EDUARDO RODRIGUES e MARCELO VALLE SILVEIRA MELLO, moradores de Curitiba e Brasília, respectivamente.

As investigações, conduzidas pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos, uma Unidade Especializada da PF, permitiram a cabal identificação dos criminosos, que há meses vinham postando mensagens de apologia de crimes graves e da violência, sobretudo contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além da incitação do abuso sexual de menores.

Esta Unidade Especializada, que integra a Delegacia de Defesa Institucional da PF, recebera inúmeras denúncias relacionadas ao conteúdo discriminatório do referido site, bem como outras denúncias, de mesmo teor, foram dirigidas ao Ministério Público Federal e à ONG SaferNet, onde se registraram 69.729 (até 14.04.12) pedidos de providências a respeito do conteúdo criminoso do site investigado, um número recorde da participação de populares no controle do conteúdo da internet brasileira.


Também, nesta manhã, a PF dará cumprimento aos mandados de busca e apreensão expedidos pela JF, para examinar residências e locais de trabalho dos criminosos em busca de elementos materiais da responsabilidade criminal, já amplamente demonstrada ao longo da investigação e que, preliminarmente, permitiu identificar o cometimento dos crimes de incitação/indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social (Lei 7716/89); incitação à prática de crime (art. 286 do Código Penal) e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente (Lei 8069/90-ECA).

Consta da decisão judicial que decretou a prisão preventiva dos criminosos que “Elementos concretos colhidos na investigação demonstram que a manutenção dos investigados em liberdade é atentatória à ordem pública. A conduta atribuída aos investigados é grave, na medida em que estimula o ódio à minorias e à violência a grupos minoritários, através de meios de comunicação facilmente acessíveis a toda a comunidade. Ressalto que o conteúdo das ideias difundidas no site é extremamente violento. Não se trata de manifestação de desapreço ou de desprezo a determinadas categorias de pessoas (o que já não seria aceitável), mas de pregar a tortura e o extermínio de tais grupos, de forma cruel, o que se afigura absolutamente inaceitável.”


Dentre os conteúdos publicados pelos criminosos e localizados pela PF, havia referência ao apoio prestado pelos criminosos ao atirador Wellington, que em 2011 atacou a tiros uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, matando diversas crianças, bem como à suposta incapacidade da Polícia Federal em o localizar e deter.

O nome “Sílvio Koerich” foi apropriado indevidamente pelo investigado Emerson Eduardo Rodrigues, que havia sido expulso de um fórum de debates feminista, representando assim uma represália àquela pessoa, que inicialmente rejeitou, num ambiente virtual, as declarações preconceituosas, homofóbicas e intolerantes do ora investigado preso.


O nome da Operação da PF, Intolerância, mais do que indicar a atuação criminosa dos presos, significa a intolerância da sociedade brasileira para com tais condutas, sempre pronta e vigorosamente reprimidas pela PF.

Haverá entrevista coletiva para a imprensa no “Auditório APF Edson Matsunaga”, na sede da PF em Curitiba (Rua Profa. Sandália Monzon nº 210, bairro Santa Cândida, CEP 82640-040), às 10h00, quando serão entregues DVD’s com cópia de parte do material encontrado durante as investigações e que levaram ao decreto judicial de prisão preventiva para a manutenção da ordem pública.

Será disponibilizado ainda pequeno vídeo da ação policial desenvolvida na manhã de hoje, para o que os interessados deverão portar pen-drive .


Curitiba/PR, 22 de março de 2012

Comunicação Social da PF no Estado do Paraná

Tels. 41-3251.7809/10/11/13

www.twitter.com/CSPFPR

www.facebook.com/imprensapf

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O Movimento SOSBICHO de Proteção Animal se coloca sempre contra qualquer tipo de violência, seja a humanos, seja a não humanos. Assim, apoia e divulga estas ações positivas realizadas pelo poderes de Estado.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Alimentação sem carne: é possível !!!!!! é necessário !!!!!



Dia 20 de março é dia mundial sem carne. Esta é  a maior campanha mundial  em prol do vegetarianismo, e foi criada em 1985. Isto memmo ! Em 1985.

Só para lembrar: a idéia do VEGETARIANISMO, É MUITO MAIS ANTIGA DO QUE NÓS PENSAMOS !

ENTRE OS GREGOS, A IDÉIA JÁ ERA DEFENDIDA POR FILÓSOFOS COMO PITÁGORAS, QUE COSTUMAVA DIZER, ASSIM DIZ A LENDA, QUE SE UM BOI , COM TODA A SUA FORÇA, PODIA PASSAR SUA EXISTÊNCIA SEM CONSUMIR SEQUER UMA GRAMA DE CARNE, POR QUE NÓS HUMANOS NÃO PODERÍAMOS FAZÊ-LO ?

O objetivo da campanha é conscientizar as pessoas da crueldade e violência contra os animais e dos benefícios de uma dieta vegetariana.

Assim, permita-se fazer esta experiência na sua vida: tente viver sem o consumo de carne e você verá que pouca diferença fará no seu dia a dia. Mas a diferença será fundamental na vida daqueles que morrem para nos alimentar: os porquinhos, vaquinhas, peixinhos, etc., para o Planeta, e também, para a sua saúde !

Aliás, um dado muito importante: para aqueles que são vegetarianos, mas ainda comem um peixinho, informamos que  por ano, cerca de 150.000 tartarugas são dizimadas pelas cruéis redes de pesca de arrastão no mundo todo:  isto quer dizer: que come ainda um peixinho, também está matando tartarugas.

Grave não ? Em tempos de aquecimento global, convém lembrar também: estima-se que, no mundo, a cada segundo, uma área de floresta tropical do tamanho de um campo de futebol seja desmatada para produzir carne de boi - o equivalente mais ou menos, a 257 hambúrgueres !!!!

Importante: pessoas precisam e vão ter que começar a aceitar o fato de que existem no mundo milhares de vegetarianos e vegans preocupados com o bem estar animal, que não somos mais coniventes com marcas que ainda utilizam animais em testes, que não aceitamos o comércio de animais, que não achamos ético animais em circo e que somos consumidores como qualquer outra pessoa. Ser vegan ou vegetariano não é mais coisa de outro mundo.

Começe hoje a sua mudança: pense antes de comer !!!!
Monte um belo prato bem colorido dispensando o sofrimento animal !
Aposte no seu futuro. Aposte no futuro do Planeta Terra !


quinta-feira, 1 de março de 2012

Ações pelo Bairro São Francisco: academia ao ar livre e ações culturais

Nodia 28 de março de 2012, membros da comunidade do Bairro São Francisco  reuniram-se com a vereadora Julieta Reis para solicitar apoio para a implantação de uma academia ao ar livre no Bairro São Francisco e  para apresentar projetos culturais do bairro.

Estavam presentes duas ativistas culturais e uma moradora do bairro.

O abaixo-assinado pela ACADEMIA AO AR LIVRE  FOI APRESENTANDO À VEREADORA QUE GARANTIU DEFENDER A NOSSA ACADEMIA,  ENCAMINHANDO AO EXECUTIVO O PEDIDO DA COMUNIDADE.

Com relação aos projetos culturais da ativistas Michelly e Michele, a veradora abriu espaço para discussão e também ofecereu seu apoio.

Protocolado Prefeitura de Curitiba, Administração Regional da Matriz, ofício que solicita a implantação de uma academia ao ar livre, no Jardinete Gal. Gastão Cordeiro. O abaixo-assinado contém 357 assinaturas.



O protocolo foi feito em nome de uma moradora que deu início à demanda da Comunidade  do São Francisco. Há necessidade de uma pessoa ou associação para efetivação do procedimento de protocolo. Com o número do protocolo todos podem acompanhar.
A representante da Comunidade estará sempre em contato com a Vereadora  para companhar as providências de seu gabinete quanto ao nosso pedido.


Nos próximos meses, seguindo o conselho da Vereadora,  membros da Comunidade do São Francisco estarão discutindo a criação de uma associação de amigos do São Francisco.

O Movimento SOSBICHO estará fazendo contato com os moradores e signatários do abaixo-assinado e comunicando todos os avanços na demanda.

Agradecemos a todos e todas que se predispuseram a coletar assinaturas e a assinar o nosso pedido de academias ao ar livre. Se não fosse assim, não teríamos como fazer este pedido.

Agradecemos à Vereadora Julieta reis que reconhece como legítimo o desejo da Comunidade do São Francisco e por sua disposição em nos apoiar.

Laelia Tonhozi

Educadora Ambiental

Moradora do Bairro São Francisco